
Sulistas descendentes de alemães.
- Aspectos da população da região Sul
A região Sul do Brasil é a menor entre todas. No entanto, isso não impediu que a mesma alcançasse um dos melhores índices de desenvolvimento econômico e social do país, muitos deles superiores às médias nacionais.
O processo de ocupação da região Sul está ligado, especialmente, a duas atividades primárias: a agricultura e a pecuária. A região intensificou o povoamento somente a partir do século XIX, até esse momento o território se encontrava quase que completamente desabitado, salvo os povos nativos, como os índios. Diante desse fator, o governo promoveu uma política de povoamento que atraiu imigrantes, sobretudo de origem européia. O governo brasileiro almejava o povoamento para facilitar o controle e
administração da região, além disso, temia a invasão dos países vizinhos, caso a região continuasse desabitada.
Os imigrantes europeus receberam glebas de terra do governo brasileiro, formando assim colônias agrícolas, nas quais desenvolviam agricultura e pecuária. A partir das colônias agrícolas surgiram povoados e cidades, algumas delas de expressão, como Blumenau e Itajaí (Santa Catarina), incluindo ainda São Leopoldo e Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul). Fato que aconteceu em colônias italianas que deram origem a Criciúma (Santa Catarina) e Caxias do Sul (Rio Grande do Sul).
Nos dias atuais, a região possui duas regiões metropolitanas que se destacam: a Grande Porto Alegre e Curitiba. Há também cidades médias de grande relevância dentro da região, como Londrina e Maringá.
Os imigrantes europeus receberam glebas de terra do governo brasileiro, formando assim colônias agrícolas, nas quais desenvolviam agricultura e pecuária. A partir das colônias agrícolas surgiram povoados e cidades, algumas delas de expressão, como Blumenau e Itajaí (Santa Catarina), incluindo ainda São Leopoldo e Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul). Fato que aconteceu em colônias italianas que deram origem a Criciúma (Santa Catarina) e Caxias do Sul (Rio Grande do Sul).
Nos dias atuais, a região possui duas regiões metropolitanas que se destacam: a Grande Porto Alegre e Curitiba. Há também cidades médias de grande relevância dentro da região, como Londrina e Maringá.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
- Aspectos Culturais da Região Sul
Rio Grande do Sul
Os gaúchos dos pampas, ou das cidades, formam um povo alegre e rico em tradições. Grande parte dos seus aspectos culturais é oriunda dos imigrantes alemães, que habitaram a região por volta de 1824. Os italianos, espanhóis e portugueses também contribuíram para a riqueza cultural desse Estado.
O gaúcho, que não dispensa a bombacha, o lenço e o poncho, aprecia o chimarrão e o churrasco.

Chimarrão, tradição gaúcha
Grande parte das danças gaúchas é de origem portuguesa, se destaca também as danças espanholas, como a tirana e o anu.
A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de origem portuguesa, é realizada em Porto Alegre no dia 2 de fevereiro, no rio Guaíba, onde centenas de barcos e milhares de fiéis devotos participam da procissão fluvial. É também chamada pelo povo de festa das Melancias.
Algumas cidades do Sul ainda celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).
Paraná
Os migrantes chegaram a partir de 1850: alemães, italianos, poloneses, ucranianos, holandeses, etc. Eles influenciaram fortemente a cultura da região. Além dos colonizadores portugueses, que deixaram sua marca nos usos e costumes e no linguajar cantado dos paranaenses.
No Paraná, a culinária inclui o barreado, um cozido de carne. É um prato caboclo típico do litoral. Ele é preparado com carne bovina, toucinho e temperos colocados em uma panela de barro. Ela é enterrada e acende-se por cima uma fogueira. Após 12 horas de cozimento, a iguaria está pronta.
A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de origem portuguesa, é realizada em Porto Alegre no dia 2 de fevereiro, no rio Guaíba, onde centenas de barcos e milhares de fiéis devotos participam da procissão fluvial. É também chamada pelo povo de festa das Melancias.
Algumas cidades do Sul ainda celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).
Paraná
Os migrantes chegaram a partir de 1850: alemães, italianos, poloneses, ucranianos, holandeses, etc. Eles influenciaram fortemente a cultura da região. Além dos colonizadores portugueses, que deixaram sua marca nos usos e costumes e no linguajar cantado dos paranaenses.
No Paraná, a culinária inclui o barreado, um cozido de carne. É um prato caboclo típico do litoral. Ele é preparado com carne bovina, toucinho e temperos colocados em uma panela de barro. Ela é enterrada e acende-se por cima uma fogueira. Após 12 horas de cozimento, a iguaria está pronta.

Barreado
Santa Catarina
Os colonos imigrantes chegaram a partir do século XIX. No entanto, mais tarde o Estado recebeu grande influência dos colonos italianos e alemães.
Nesta região do Brasil há uma grande quantidade de casas com arquitetura tipicamente europeia.
Os imigrantes se adaptaram facilmente ao clima subtropical da região e muito contribuíram na cultura vinhateira, na triticultura (cultura com trigo), linho, algodão, cânhamo e mandioca.
Alguns eventos culturais são marcantes, e mobilizam várias pessoas. O boi-de-mamão, por exemplo, vai do Natal ao Carnaval. Começa com as prendas e pedidos de ajuda e termina com a morte e ressurreição do boi.
A dança de fitas é uma tradição milenar. É uma dança ariana antiquíssima. É feito um pau de fita, cujo mastro é sustentado no centro da dança por um menino. Da ponta do mastro saem pares de fita. Executam as figurações segurando a ponta das suas fitas, dançando, traçando as fitas em torno do mastro central.
Os colonos imigrantes chegaram a partir do século XIX. No entanto, mais tarde o Estado recebeu grande influência dos colonos italianos e alemães.
Nesta região do Brasil há uma grande quantidade de casas com arquitetura tipicamente europeia.
Os imigrantes se adaptaram facilmente ao clima subtropical da região e muito contribuíram na cultura vinhateira, na triticultura (cultura com trigo), linho, algodão, cânhamo e mandioca.
Alguns eventos culturais são marcantes, e mobilizam várias pessoas. O boi-de-mamão, por exemplo, vai do Natal ao Carnaval. Começa com as prendas e pedidos de ajuda e termina com a morte e ressurreição do boi.
A dança de fitas é uma tradição milenar. É uma dança ariana antiquíssima. É feito um pau de fita, cujo mastro é sustentado no centro da dança por um menino. Da ponta do mastro saem pares de fita. Executam as figurações segurando a ponta das suas fitas, dançando, traçando as fitas em torno do mastro central.

Dança de fitas
Em Santa Catarina o boi na vara ainda é praticado. É uma espécie de tourada praticada. O boi, preso numa vara com uma corda, investe num boneco; até o esgotamento. Outras vezes soltam os animais e os homens saem correndo, derrubam o boi e despedaçam-no.
Outro evento cultural no estado é a Oktoberfest, em Blumenau (SC), tradicional festa da cerveja.
A culinária é marcada pelo pirão de peixe, no sul do Estado; e os pratos alemães e a marreca, no norte. Na capital, o destaque é o camarão.
Outro evento cultural no estado é a Oktoberfest, em Blumenau (SC), tradicional festa da cerveja.
A culinária é marcada pelo pirão de peixe, no sul do Estado; e os pratos alemães e a marreca, no norte. Na capital, o destaque é o camarão.
-
A indústria na Região Sul

Cidade industrial em Curitiba
A Região Sul é destaque positivo praticamente em todos os seguimentos econômicos, no setor industrial não é diferente. Ocupa, atualmente, o segundo lugar do percentual nacional nesse setor da economia, o volume comercial corresponde a 21% do total nacional, dessa forma é superado somente pela Região Sudeste.
Na região estão inseridos diferentes tipos de indústrias, no entanto, as atividades que mais predominam é a produção têxtil e alimentícia, essas utilizam como matéria-prima a produção agropecuária desenvolvida na região.
As indústrias estão instaladas em locais estratégicos, perto das fontes de matérias-prima, nas áreas de produção pecuária estão os parques produtivos no seguimento de frigoríficos, curtumes, laticínios, já em áreas de produção agrícolas se encontram instaladas fábricas de óleos vegetais, produção de trigo, produção de sucos e as vinícolas. Essa junção entre produção agropecuária e industrial é denominada de agroindústria.
As indústrias da Região Sul estão regularmente distribuídas ao longo do território, elas são encontradas em pequenos centros urbanos e médios, no entanto, naturalmente as áreas que concentram a maior parcela das indústrias estão nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e Curitiba e nordeste de Santa Catarina, na qual se encontra Joinvile, Blumenau, Brusque, além dos parques industriais nas cidades de Londrina, Maringá, Ponta Grossa, no Paraná, já no Rio Grande do Sul as principais cidades são Caxias do Sul, Santa Maria e Pelotas.
Um dos importantes fatores para o desenvolvimento industrial na Região Sul é o potencial energético, devido às usinas hidrelétricas instaladas na região, o relevo de planalto facilitou a construção das mesmas, dessa forma a abundância de energia elétrica facilita o abastecimento do setor produtivo industrial.
Novas perspectivas para a indústria do sul
Até os anos 70, as atividades econômicas desenvolvidas na Região Sul estavam vinculadas à produção primária, especialmente em produtos da agricultura e pecuária.
Doravante, nessa etapa a região ingressou em um intenso processo de industrialização em diferentes seguimentos, logo se tornou o segundo pólo industrial do país.
Mais tarde, no fim dos anos 80 e início dos anos 90, não houve um crescimento expressivo, desse modo o parque industrial do nordeste quase que o superou. Porém, o crescimento do setor industrial ocorreu recentemente, com a migração de investimentos no setor, que proporcionou a instalação de empresas nacionais e estrangeiras que produzem automóveis, peças, suprimentos de informática, eletrodomésticos e bebidas.
Os incentivos para a instalação de diversas empresas na Região estão diretamente ligados aos benefícios fiscais oferecidos pelos estados inseridos no contexto e todo o conjunto de infra-estrutura que facilita a circulação de mercadorias, capitais e pessoas, além da proximidade com os parceiros comerciais do MERCOSUL (Argentina, Uruguai e Paraguai).
Com todos esses aspectos, o sul se encontra em uma condição privilegiada em relação ao restante do país, a região estabelece uma homogeneidade do setor industrial e isso favorece o crescimento igualitário dentro do território.
Na região estão inseridos diferentes tipos de indústrias, no entanto, as atividades que mais predominam é a produção têxtil e alimentícia, essas utilizam como matéria-prima a produção agropecuária desenvolvida na região.
As indústrias estão instaladas em locais estratégicos, perto das fontes de matérias-prima, nas áreas de produção pecuária estão os parques produtivos no seguimento de frigoríficos, curtumes, laticínios, já em áreas de produção agrícolas se encontram instaladas fábricas de óleos vegetais, produção de trigo, produção de sucos e as vinícolas. Essa junção entre produção agropecuária e industrial é denominada de agroindústria.
As indústrias da Região Sul estão regularmente distribuídas ao longo do território, elas são encontradas em pequenos centros urbanos e médios, no entanto, naturalmente as áreas que concentram a maior parcela das indústrias estão nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e Curitiba e nordeste de Santa Catarina, na qual se encontra Joinvile, Blumenau, Brusque, além dos parques industriais nas cidades de Londrina, Maringá, Ponta Grossa, no Paraná, já no Rio Grande do Sul as principais cidades são Caxias do Sul, Santa Maria e Pelotas.
Um dos importantes fatores para o desenvolvimento industrial na Região Sul é o potencial energético, devido às usinas hidrelétricas instaladas na região, o relevo de planalto facilitou a construção das mesmas, dessa forma a abundância de energia elétrica facilita o abastecimento do setor produtivo industrial.
Novas perspectivas para a indústria do sul
Até os anos 70, as atividades econômicas desenvolvidas na Região Sul estavam vinculadas à produção primária, especialmente em produtos da agricultura e pecuária.
Doravante, nessa etapa a região ingressou em um intenso processo de industrialização em diferentes seguimentos, logo se tornou o segundo pólo industrial do país.
Mais tarde, no fim dos anos 80 e início dos anos 90, não houve um crescimento expressivo, desse modo o parque industrial do nordeste quase que o superou. Porém, o crescimento do setor industrial ocorreu recentemente, com a migração de investimentos no setor, que proporcionou a instalação de empresas nacionais e estrangeiras que produzem automóveis, peças, suprimentos de informática, eletrodomésticos e bebidas.
Os incentivos para a instalação de diversas empresas na Região estão diretamente ligados aos benefícios fiscais oferecidos pelos estados inseridos no contexto e todo o conjunto de infra-estrutura que facilita a circulação de mercadorias, capitais e pessoas, além da proximidade com os parceiros comerciais do MERCOSUL (Argentina, Uruguai e Paraguai).
Com todos esses aspectos, o sul se encontra em uma condição privilegiada em relação ao restante do país, a região estabelece uma homogeneidade do setor industrial e isso favorece o crescimento igualitário dentro do território.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
-
A produção agrícola na região Sul

A região Sul do Brasil destaca-se na produção de trigo.
A atividade agrícola na região Sul teve início primeiramente no litoral, o lugar é denominado de Campanha Gaúcha, isso antes da chegada dos imigrantes europeus.
Após o século XIX houve um grande fluxo de imigrantes europeus, sobretudo, italianos, poloneses, alemães entre outras nacionalidades. Esses colonos receberam glebas de terra, onde desenvolveram principalmente as policulturas, a mão-de-obra usada era a familiar. Culturas com característica de clima subtropical como o trigo e a uva tinham como destino o abastecimento do mercado local.
Recentemente houve muitas mudanças na configuração do espaço agrário sulista, em diversos casos as policulturas deram lugar às monoculturas. A principal cultura responsável por esse processo é a soja. A produção deixou de ser destinada ao mercado regional para se tornar produtos de exportação. Além disso, as propriedades que anteriormente eram de pequeno e médio porte, tornaram-se grandes latifúndios, uma vez que grandes fazendeiros e empresas agrícolas compraram as glebas de terra dos descendentes dos colonos, promovendo assim a concentração fundiária na região. O trabalho deixou de ser predominantemente familiar para ser mecanizado.
Esse processo conduziu um elevado número de trabalhadores e ex-proprietários de terras a migrar em direção às cidades, promovendo assim o fenômeno migratório denominado de êxodo rural, sem contar o grande número de migrantes sulistas que foram para outras regiões do Brasil, como o Centro-Oeste e o Norte, promovendo a expansão da fronteira agrícola do país.
Mesmo com os problemas apontados, a região Sul continua desempenhando um grande papel na produção agrícola, pelo menos 70% do trigo e da soja do Brasil são oriundos dessa parte do país, além da produção de uva que responde por 65% do que é produzido nacionalmente, incluindo cerca de 50% do milho e do arroz.
Após o século XIX houve um grande fluxo de imigrantes europeus, sobretudo, italianos, poloneses, alemães entre outras nacionalidades. Esses colonos receberam glebas de terra, onde desenvolveram principalmente as policulturas, a mão-de-obra usada era a familiar. Culturas com característica de clima subtropical como o trigo e a uva tinham como destino o abastecimento do mercado local.
Recentemente houve muitas mudanças na configuração do espaço agrário sulista, em diversos casos as policulturas deram lugar às monoculturas. A principal cultura responsável por esse processo é a soja. A produção deixou de ser destinada ao mercado regional para se tornar produtos de exportação. Além disso, as propriedades que anteriormente eram de pequeno e médio porte, tornaram-se grandes latifúndios, uma vez que grandes fazendeiros e empresas agrícolas compraram as glebas de terra dos descendentes dos colonos, promovendo assim a concentração fundiária na região. O trabalho deixou de ser predominantemente familiar para ser mecanizado.
Esse processo conduziu um elevado número de trabalhadores e ex-proprietários de terras a migrar em direção às cidades, promovendo assim o fenômeno migratório denominado de êxodo rural, sem contar o grande número de migrantes sulistas que foram para outras regiões do Brasil, como o Centro-Oeste e o Norte, promovendo a expansão da fronteira agrícola do país.
Mesmo com os problemas apontados, a região Sul continua desempenhando um grande papel na produção agrícola, pelo menos 70% do trigo e da soja do Brasil são oriundos dessa parte do país, além da produção de uva que responde por 65% do que é produzido nacionalmente, incluindo cerca de 50% do milho e do arroz.
Por Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Nenhum comentário:
Postar um comentário