DUQUE DE CAXIAS
"Canhões, baionetas e muito sangue. A Guerra do Paraguai já durava quatro anos. As tropas não estavam conseguindo passar a ponte do Ribeirão Itororó, para tomar a estrada para Assunção.
No meio do campo de batalha surgiu um homem de 65 anos, mas em pleno vigor, montado a cavalo. "Sigam-me os que forem brasileiros."
Era o brado de comando de Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias. Os brasileiros ultrapassaram não só a ponte, mas o caminho para a tomada da capital.
Ouvi certa estória uma vez, que ficou para sempre sobre um momento em sua vida.
Não sei se foi verdadeira, por isso estória e não história.
Ele tinha vindo da guerra, cansado estava na presença do imperador.
Este pela demora dos discursos dormia sentado.
Duque de Caxias, que com seus soldados estavam em pé, deixa sua espada, propositalmente, cair ao chão, fazendo tremendo barulho.
Ao que o imperador, acorda assustado e com certo mal humor pergunta:
Você deixava a espada cair na batalha?
E Duque de Caxias responde:
Nunca deixei a minha espada cair, magestade e também não podiamos dormir.
Após a vitória de Porongos, em 1844, ao entrar em Bagé, quis o reverendo da cidade rezar-lhe um ‘te deum’ pela vitória alcançada. Caxias , com a grandeza da sua alma cristã, respondeu-lhe:
“Reverendo ! Precedeu a esse triunfo derramamento de sangue brasileiro.
Não conto como troféus desgraças de concidadãos meus.
Guerreio dissidentes, mas sinto as suas desditas, e choro pelas vítimas como um pai por seus filhos.
Vá, reverendo, vá.
E em lugar de um ‘te deum’ celebre missa de defuntos, que eu, com o meu estado-maior e a tropa que na sua igreja couber, irei, amanhã ouvir, por alma dos nossos irmãos iludidos, que pereceram no combate.”
Quanto a tratar os inimigos vencidos ele dizia:
“Soldados !...Não tendes no Estado Oriental outros inimigos senão os soldados do General Manoel Uribe, e esses mesmos enquanto iludidos empunharem armas contra os interesses de sua pátria; desarmados ou vencidos, são americanos, são nossos irmãos, e como tais os deveis tratar.
A verdadeira bravura do soldado é nobre, generosa e respeitadora dos princípios da humanidade. A propriedade de quem quer que seja, nacional, estrangeiro, amigo ou inimigo, é inviolável e sagrada; e deve ser tão religiosamente respeitada pelo soldado do Exército Imperial, como a sua própria honra. O que por desgraça a violar será considerado indigno de pertencer às fileiras do exército, assassino da honra e reputação nacional, e como tal, severa e inexoravelmente punido”
Fonte: Alma de Educador
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